Piu supera semifinal dramática e conquista a prata nos 400m com barreiras em Tóquio

Após avançar para a decisão com o pior tempo entre os finalistas, Alison dos Santos, o Piu, demonstrou resiliência e categoria para conquistar a medalha de prata nos 400m com barreiras, nesta sexta-feira, no Campeonato Mundial de Atletismo de Tóquio. O brasileiro completou a prova em 46s84, em uma final eletrizante decidida nos metros finais.

O ouro ficou com o norte-americano Rai Benjamin (46s52), enquanto Abderrahman Samba, do Catar, fechou o pódio com o bronze (47s06).

Reviravolta no pódio

A cerimônia de premiação quase teve Piu no lugar mais alto. Logo após a prova, Rai Benjamin foi desclassificado pelos árbitros por supostamente ter derrubado uma barreira de maneira irregular. A decisão, no entanto, durou poucos minutos: a delegação americana entrou com recurso imediato junto à World Athletics, que reverteu a punição e confirmou a vitória de Benjamin.

“Não vou mentir, eu queria o ouro. Mas estou muito orgulhoso da minha trajetória e do que fiz hoje. Eu me entreguei nesta prova”, afirmou Alison ao SporTV, celebrando o conjunto de suas medalhas mundiais — agora com ouro (2022), prata (2024) e bronze.

A corrida da superação

A medalha de Piu teve contornos de recuperação. Na semifinal de quarta-feira, o brasileiro tocou em uma barreira e se classificou com a marca mais fraca (48s16), gerando preocupação.

Na final, o cenário foi outro. Piu largou forte, mas perdeu rendimento na reta oposta, caindo para a briga pelo quarto lugar. A reação veio na última curva: o brasileiro acelerou de forma impressionante enquanto o recordista mundial, Karsten Warholm (Noruega), perdia fôlego.

Na entrada da reta final, Rai Benjamin liderava com folga, mas tropeçou na última barreira, perdendo velocidade. Piu, em arrancada fulminante, quase alcançou o americano na linha de chegada.

Aos 25 anos, o medalhista olímpico consolida seu retorno à elite global após uma temporada de 2023 prejudicada por uma cirurgia no joelho direito, quando terminou o Mundial de Budapeste em quinto lugar.

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